Ex-ministra do STJ que recebeu Moção de Aplauso em Baixa Grande aponta motivos do STF lutar para Bolsonaro não voltar ao poder

A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, participou na última quinta-feira, 23 de outubro de 2025, do programa Arena Oeste, produzido pela Revista Oeste e transmitido pela TV a cabo e pela internet.

Entre os anos 2009 e 2011, a juíza ficou conhecida nacionalmente por denunciar a venda de sentenças no Judiciário baiano. Sua coragem e zelo pela Justiça a tornaram uma figura de destaque e, em 2011, ela recebeu uma Moção de Aplauso da Câmara de Vereadores de Baixa Grande (BA), proposta pelo então vereador Reinaldo Brito (Reinaldinho) e aprovada por unanimidade.

Durante a entrevista, que teve cerca de uma hora e meia de duração, Eliana Calmon respondeu a diversas perguntas sobre o Judiciário brasileiro, destacando-se suas opiniões a respeito do fim da Operação Lava Jato e dos eventos de 8 de janeiro de 2023, pelos quais o ministro Alexandre de Moraes e a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentativa de golpe.

Sobre o fim da Lava Jato

Eliana Calmon afirmou que o fim da Operação Lava Jato teria ocorrido após declarações de Jair Bolsonaro, que prometeu, caso reeleito, transformar o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma corte constitucional. Segundo ela, essa afirmação fez com que os ministros percebessem Bolsonaro como uma ameaça à estrutura atual do tribunal.
A ex-ministra sustentou ainda que, diante disso, o STF teria visto em Lula o único nome capaz de enfrentar Bolsonaro nas urnas e, por isso, teria “descondenado” o petista para permitir sua candidatura em 2022.

Sobre o 8 de janeiro

Ao comentar os atos de 8 de janeiro, Eliana Calmon afirmou que o episódio teria sido usado como estratégia política por parte dos ministros do STF para tornar Bolsonaro inelegível e impedir que ele dispute as eleições de 2026.