Em decisão rara, auditores reprovaram contas de Rui Costa, mas TCE ignorou parecer técnico

Em decisão rara, auditores reprovaram contas de Rui Costa, mas TCE ignorou parecer técnico

Em um movimento considerado raro no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), os conselheiros da Corte contrariaram a recomendação técnica de seus próprios auditores e aprovaram as contas do então governador Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil do governo Lula (PT), referentes ao exercício de 2022 – o último de sua gestão à frente do Executivo baiano.

O parecer técnico, assinado por 41 auditores sob a supervisão do superintendente José Raimundo Bastos de Aguiar, apontou falhas graves em áreas sensíveis como saúde e segurança pública, além de fragilidades na fiscalização de inadimplências e irregularidades persistentes desde pelo menos 2014.

Reprodução do relatório do TCE Crédito: Reprodução

218 CONSIDERAÇÕES DOS AUDITORES SOBRE À PRESTAÇÃO DE CONTAS.

A equipe técnica de autores do Tribunal de Contas do Estado da Batia, em atendimento à Resilição do TCEA nº 164/2015, objetivando subsidiar o plenário na apreciação quanto ao disposto no ar 91, inciso 1, da CE/1988 e no art. 1º inciso I da Lei Complementar Estadual ne 005/190, promoveu a análise técnicas das “contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, referente ao exercício Financeiro  de 2022, compreendendo as DCCES, os relatórios anus sobre o desempenho dos Programas de Governo é os demais demonstrativos previstos na legislação.

2.18.1 Opinativo da área Técnica: Desaprovação

Com base nas analises de natureza técnica desenvolvidas, objeto de comentários na Seção Analítica, os elementos contidos na prestação de contas não representam à gestão orçamentária financeira, patrimonial e operacional do Poder Executivo do Estado da Bahia em 31/12/2022, o desempenho de suas operações e de seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, principalmente pelos efeitos das distorções e limitações consignadas a seguir.

Apesar da contundência do relatório, os conselheiros – cujos cargos são, em sua maioria, fruto de indicações políticas – optaram por aprovar as contas em agosto de 2023. A decisão chamou a atenção dos auditores porque destoou da prática institucional, em que as recomendações técnicas costumam ser seguidas como referência principal para o julgamento das contas.

A voz solitária

Dos sete conselheiros do TCE-BA, apenas Pedro Lino votou contra a aprovação das contas, seguindo integralmente o parecer dos auditores. Lino morreu em setembro do ano passado. O Ministério Público de Contas, por sua vez, optou por recomendar a aprovação com ressalvas.

Independência total

A cúpula nacional do União Brasil está convicta de que, após a formalização da federação com o PP, haverá uma reavaliação sobre os cargos ocupados por filiados no governo Lula. Embora haja resistência de uma ala minoritária à entrega dos postos, a expectativa é que essa posição se enfraqueça com o tempo. A ideia do novo bloco é adotar uma postura de independência total em relação ao Planalto.

Fonte:  www.correio24horas.com.br

Ediomário Catureba

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